COMISSÃO EUROPEIA , Press-release, Bruxelas, 20/01/2014
A primeira ronda de negociações de um tratado de investimento com a China ( UE-China Investment Agreement) teve lugar em Pequim em Janeiro de 2014. Um tratado de investimento entre a UE e a China irá beneficiar ambos os blocos, assegurando a abertura dos mercados aos investidores de ambos os lados. Também proporcionará um quadro legal mais simples, mais seguro e mais previsível no longo-prazo para os investidores. A UE vê um tratado de investimento com a China como um importante elemento no sentido de estreitar os laços de comércio e investimento entre as duas economias. Uma das prioridades das negociações será remover as barreiras existentes no mercado chinês aos investidores europeus. “O actual nível de investimento bilateral entre a UE e a China está muito abaixo do que seria de esperar entre dois dos mais importantes blocos do planeta. Enquanto que os bens e serviços entre a UE e a China atingem cerca de $1 bilião/dia, apenas 2,1% do investimento directo europeu se foca na China. O principal propósito destas negociações é a progressiva abolição das restrições ao comércio e ao investimento estrangeiro directo, para melhorar o acesso ao mercado chinês por parte dos investidores”, declarou John Clancy, porta-voz da UE. As negociações arrancam no contexto de ambiciosas reformas económicas recentemente anunciadas na China. Estas incluem a decisão de abrir a economia chinesa aos investidores estrangeiros, para aumentar a inovação e a competitividade, atraindo indústrias mais avançadas para o país (…).
Em Outubro do ano passado os Estados Membros concederam à Comissão Europeia um mandato negocial e a 21 de Novembro foi oficialmente anunciado o início das negociações na 16ª cimeira UE-China. Este país é a maior fonte de importações europeias e tornou-se um dos mercados de destino das exportações europeias com o crescimento mais rápido, sendo a UE a maior fonte de importação de produtos para a China (…).
As importações europeias da China são dominados por produtos industriais e outros destinados aos consumidores.O comércio bilateral de serviços é apenas 1/10 do total dos bens transacionados. Das exportações europeias para a China apenas 20% são serviços. Os fluxos de investimento mostram grande potencial para crescer dada a dimensão das duas economias. Apenas 2 a 3% do investimento europeu se dirige à China. Os investimentos chineses na Europa estão a crescer mas partiram de uma base muito baixa. O tratado UE-China visa potenciar os benefícios de ambos os lados.
Tradução de José Oliveira