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Lançado Tribunal MONSANTO, para julgar os impactos negativos da multinacional agroindustrial MONSANTO

Lançado Tribunal MONSANTO, para julgar os impactos negativos da multinacional agroindustrial MONSANTO

Lançado Tribunal MONSANTO, para julgar os impactos negativos da multinacional agroindustrial MONSANTO

A MONSANTO é uma das principais empresas promotoras do modelo agroindustrial que contribui, pelo menos, para um terço das emissões mundiais de origem antropogénicas dos gases associados ao efeito estufa. Ela é também, em grande parte, responsável pelo esgotamento dos solos e dos recursos hídricos, pela extinção de espécies e declínio da biodiversidade, e pelo deslocamento de milhões de pequenos agricultores/as em todo o mundo. Este é um modelo que ameaça a soberania alimentar dos povos ao patentear as sementes, privatizando a vida.

Segundo as críticas, a MONSANTO é capaz de ignorar os danos humanos e ambientais causados pelos seus produtos, mantendo as suas atividades de devastação ao recorrer sistematicamente a estratégias de ocultação: pressionando agências reguladoras e governos, recorrendo à mentira e à corrupção, financiando estudos científicos fraudulentos, pressionando cientistas independentes, manipulando a imprensa, etc. A história da MONSANTO constitui-se assim como um modelo clássico de impunidade, beneficiando as corporações transnacionais e os seus executivos, e cujas atividades contribuem para agravar a crise do clima e da biosfera, ameaçando a segurança de todo o planeta.

O Tribunal MONSANTO, que se irá realizar em Haia entre 12 e 16 de Outubro de 2016, visa avaliar as alegações feitas contra a MONSANTO, bem como os danos causados por esta empresa transnacional. O Tribunal basear-se-á nos “Princípios Orientadores sobre Empresas e os Direitos Humanos”, aprovados na ONU em 2011. O Tribunal visa ainda avaliar a eventual responsabilidade criminal da empresa, tendo como base o Estatuto de Roma, tratado que estabeleceu o Tribunal Penal Internacional em Haia no ano de 2002. O Tribunal averiguará assim a conduta da MONSANTO no que respeita a crimes de ecocídio, crime que se procura tipificar no direito penal internacional. O objetivo é analisar se o Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional em vigor desde 2002, deve ser reformado de modo a incluir o crime de ecocídio, permitindo assim a instauração de processos criminais contra pessoas singulares ou coletivas suspeitas de cometerem este crime.
Conscientes deste desafio global, os promotores do Tribunal MONSANTO apelam à sociedade civil e a todos/as os cidadãos do Mundo a contribuírem para esta iniciativa única, através da doação de fundos a esta grande campanha internacional.

> Site do Tribunal MONSANTO
> Facebook do Tribunal MONSANTO

Este é também uma iniciativa que converge na actividade comum d@s activistas da Plataforma Não ao Tratado Transatlântico, na luta contra os tratados comerciais que visam a privar a liberdade de legislar dos estados. Assim o nosso mote é  também lutar contra as corporações que criam e controlam tais Tratados , por isso a Plataforma apoia e divulga.

Defender a segurança do planeta, e as condições de vida, diz respeito a todas as pessoas. Apenas a ação coletiva pode parar esta máquina de destruição!

Uma das referências documentais sobre o impacto desta empresa e o modelo agroindustrial proposto pela MONSANTO e outras empresas é o documentário “O MUNDO SEGUNDO A MONSANTO”  realizado por Marie-Monique Robin, uma das  promotoras do Tribunal MONSANTO.

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