A Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento (PTCI), no original em Inglês “Transatlantic Trade and Investment Partnership” (TTIP), é um acordo bilateral entre os EUA e a UE.
Na prática é mais um BIT (Bilateral Investement Treaty – Tratado de investimento bilateral) proposto pelos EUA com o objectivo de fortalecer a política de globalização e integração económica corrente, dentro da estratégia delineada pela Organização Mundial de Comércio – que por sua vez mais não é do que uma instituição criada para promover os interesses do poder económico, americano e global. Para além dos habituais discursos de circunstância afirmando a necessidade e justeza da iniciativa, pelo seu alcance e potencial impacto, para a Europa e para o mundo em geral – a Europa representa quase um terço da riqueza global e um acordo desta natureza teria consequências à escala mundial – este acordo representa potencialmente o maior e mais perigoso esforço de reconfiguração socioeconómica, à escala planetária, e da história da humanidade. O acordo será assinado à revelia dos habitantes de cada Estado, graças ao poder da União Europeia para negociar em nome dos seus membros, conferido no contexto do tratado de Lisboa assinado em 2007. O acordo já havia sido apresentado em 2013 durante a reunião do então G8, grupo que reúne os países mais industrializados e economicamente desenvolvidos do mundo, como formula para combater a crise económica mundial. Se for ratificado, prevê-se que possa entrar em vigor em 2015, favorecendo de forma descomunal interesses corporativos e capitalistas globais. […]
http://www.jornalmapa.pt/2014/12/19/o-des-acordo-transatlantico-ttip/






