No dia 14 de Junho, a TROCA apoiou e participou na manifestação de pequenos e médios agricultores, uma iniciativa da Confederação Nacional de Agricultores (CNA) “por uma Política Agrícola Comum (PAC) mais justa e solidária, em defesa da agricultura familiar e do mundo rural”.


A manifestação contou com o “apoio da Coordenadora Europeia Via Campesina (ECVC) e com a participação de muitas Agricultoras e Agricultores das suas organizações de Espanha, COAG (Coordinadora de Organizaciones de Agricultores y Ganaderos), SLG (Sindicato Labrego Galego), EHNE Bizkaia e SOC-SAT (Sindicato de Obreros del Campo – Sindicato Andaluz de Trabajadores); e de França, Confédération Paysanne.”
Segundo a CNA: “Os milhares de pequenos e médios Agricultores da Agricultura Familiar – que constituem a grande maioria dos Agricultores de todos os países da União Europeia (UE) – têm um papel fundamental no aumento da produção, na qualidade e saúde alimentares, na coesão económica, social e territorial e na preservação do ambiente.
Não obstante, a Agricultura Familiar tem sido fortemente penalizada pela PAC e por muitas más opções políticas nacionais de sucessivos Governos.”
A TROCA aproveitou a oportunidade para alertar para o Acordo UE-Mercosul, o tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, assinado em 2019, mas ainda por ratificar por ambas as partes. O Acordo abre as portas aos produtos agrícolas oriundos dos países do Mercosul, que colocam riscos para o cumprimento das exigências de segurança alimentar e legislação ambiental em vigor na UE. Referiu em especial o facto de aquele tratado vir agravar a precariedade em que os pequenos e médios agricultores já se encontram, pela concorrência desleal do agronegócio existente no Mercosul, a que ficarão sujeitos. Agronegócio que já está a intensificar a destruição da Amazónia e a dizimar os seus povos. Um dos activistas da TROCA teve oportunidade de fazer declarações a uma rede televisiva sobre este acordo negociado de forma dúbia e pouco transparente, que acentuará assimetrias e vulnerabilidades, estimulará atentados aos direitos humanos, agravará as ameaças climáticas, devastará as florestas tropicais, o património natural sul-americano e apenas satisfará os interesses lucrativos de multinacionais.
Diz NÃO a este acordo, assina e divulga as petições: Nacional e da Rede Europeia.














