O acordo de livre comércio UE-Mercosul terá consequências profundas para a vida dos povos de ambos os lados do Atlântico.
Este acordo esteve em negociação durante 20 anos, até que em 2019 foi assinado um “acordo de princípio”.
Mas a presidência de Bolsonaro gerou desconfiança na UE e bloqueou o acordo durante mais três anos. Com a eleição de Lula, a negociação do acordo ganha novo impulso, com a Comissão Europeia e os países do Mercosul a declararem que querem o seu avanço e multiplicando-se em esforços para tal.
Mas os problemas estruturais do acordo UE-Mercosul mantêm-se:
– pesticidas proibidos na Europa voltam ao mercado em produtos ligados à desflorestação;
– a destruição dos ecossistemas aumenta;
– há mais emissões de efeito de estufa provenientes do transporte de mercadorias;
– favorecimento dos lucros das multinacionais agropecuárias e precarização dos pequenos e médios agricultores e criadores de gado dos dois lados do Atlântico;
– violações dos direitos humanos, principalmente de indígenas e quilombolas.
É necessária uma relação diferente entre os países e povos do Mercosul e da UE, baseada na solidariedade, igualdade, cooperação, sustentabilidade e democracia.
Mais informação:
– https://www.plataforma-troca.org/?s=UE-Mercosul
– Declaração de Alternativa:
http://s2bnetwork.org/solidariedade-igualdade-cooperacao-e-comercio-sustentavel-uma-alternativa-ao-acordo-comercial-ue-mercosul/






