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Acordo UE-Mercosul vai aumentar a desflorestação

Acordo UE-Mercosul vai aumentar a desflorestação

Acordo UE-Mercosul vai aumentar a desflorestação

O Imazon é um instituto de pesquisa cuja missão é promover conservação e desenvolvimento sustentável na Amazônia. Nesse âmbito, este instituto realizou um estudo sobre os impactos do acordo UE-Mercosul, que foi publicado recentemente.

As conclusões não são surpreendentes: tal como outros acordos de comércio e investimento, o acordo UE-Mercosul, se ratificado, irá conduzir a um aumento da desflorestação.

O relatório está dividido em três capítulos. O primeiro demonstra que o aumento da procura por bens alimentares vai conduzir a uma diminuição da área florestal, conduzindo por si a um aumento de emissões de CO2 equivalente entre 75 e 173 megatoneladas.

O segundo capítulo demonstra que uma parte importante da área desflorestada vai ter lugar na Amazónia e no Cerrado. Nos últimos anos 96.7% da desflorestação no Brasil tem acontecido nestas áreas, resultando em perdas de biodiversidade irreversíveis, padrão que se deverá manter com o acordo. Acrescidamente, aumenta significativamente o risco de desflorestação em áreas protegidas, em áreas demarcadas e reservas indígenas.

O terceiro capítulo demonstra que as supostas salvaguardas presentes no acordo são vazias, inconsequentes ou insuficientes para fazer face a estes riscos. O acordo UE-Mercosul é incompatível com os compromissos assumidos no Acordo de Paris de combate às alterações climáticas.  O capítulo sobre Comércio e Desenvolvimento sustentável não inclui sanções e o espaço para participação da sociedade civil é muito limitado.

Existem muitas outras razões para rejeitar o acordo UE-Mercosul, mas a preservação da Floresta Amazónica e do Cerrado justificam, por si só, essa opção:

“Quando a Amazónia arde, tudo o que ama arde com ela” from Público on Vimeo.